ALMANAQUE DA TV

terça-feira, 19 de maio de 2009

Migue Falabella critica gosto de brasileiros


Miguel Falabella nunca foi de meias-palavras. Diz o que pensa e o que quer com força e opinião, qualidades raras no meio televisivo, onde as pessoas temem se chamuscar com assuntos explosivos. Autor e ator do seriado "Toma Lá Dá Cá", em que vive o corretor de imóveis Mário Jorge, ele não abranda as críticas nem quando fala de seu próprio personagem. "Ele é um traste, um homem que não serve para nada. Não soube educar os filhos. Aliás, todos os personagens são péssimos", diverte-se ele, falando dos tipos instalados no fictício condomínio Jambalaya, encravado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O programa, que tem se mantido acima dos 20 pontos de audiência, emplaca sua terceira temporada sem saber se permanecerá na grade. A dúvida, porém, não abala Miguel. "Não sou de ficar na mesma coisa a vida inteira. As coisas terminam. Ficamos três anos, já está de bom tamanho", avalia ele, que acredita ainda ter material suficiente para emplacar mais um ano do humorístico. "Acho que ele ainda tem fôlego para mais, mas não cabe a mim decidir. Se não tiver de ser, faço outra coisa. Graças a Deus, trabalho não falta", garante.

Entre os projetos, estão peças de teatro - uma delas, "Gaiola das Loucas", em que Miguel aparecerá ao lado de Diogo Vilella - e o esboço de uma nova série, que gira em torno do culto à celebridade. "Essa cultura transformou todo mundo na mesma coisa", sentencia. "Eu não vou mais a lugar nenhum, porque você é obrigado a ser fotografado ao lado de vagabundos, ladrões, assassinos, com tudo. Vai tudo no mesmo saco", argumenta.

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